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Ai, a saudade...


Saudade, sentimento tão contraditório, que pode nos deixar alegres, mas tristes, que pode nos fazer gritar, chorar, ou engolir, nos fazer pular e voar, cair e levantar, que pode nos trazer lembranças boas e ruins, nos dar vontade de sermos maduros e, ao mesmo tempo, tão imaturos.

Às vezes, a gente não sabe o que fazer com a saudade. Talvez, sentar e conversar, afinal, ela pode nos dizer tanta coisa: — Ei, espera aí, aguenta mais um pouco, logo isso vai passar.

Ou não, ou pode dizer: — Sinta, sinta tudo, não me esqueça.

Conversar com a saudade, nada mais é, do que conversar com a gente mesmo e entender o que se passa dentro de nós, e saber se o que estamos sentindo é certo, é gostoso, é possível.

Conversar com a saudade é dizer que existe alguém aqui, do outro lado, que não sabe o que fazer com ela, que está sentindo demais, que está difícil, e ela, de repente, responder: — Vai lá, conversa.

Ou não, ou: — Espera aí, aguenta firme, é só uma fase, logo eu diminuo, mas não desapareço.

Entender a saudade é entender se aquilo, realmente, é saudade, ou se é só um carinho, uma foto, uma palavra dita, um áudio no Whatsapp, uma música, um cheiro, um abraço, um beijo.

Podemos sentir saudade do que foi, do que não foi, do que pode ser, do que poderia ter sido e não foi, por medo, insegurança, ou por acharmos que não somos fortes o suficiente para nos arriscarmos. Saudade que, quando aperta, nos apertamos junto com ela, ou nos afrouxamos. Saudade que, quando vizinha, brincamos com ela, seja de ser feliz, de lembrar, de reviver e querer viver tudo outra vez, ou não. Saudade que despe a alma e o coração.

A gente pode sentir muita saudade, até mesmo, de sentir saudade de alguém, de algo, de sentir algo por alguém, de sentir saudade que dói, que alegra, apenas saudade de sentir, seja lá, do que ou de quem.

Saudade, sentimento estranho, mas que nos desperta as sensações mais gostosas e desgostosas. Saudade contraditória, por ela mesma, apenas por ser saudade.


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